A Kia Motors tem programados seis lançamentos para 2010. O cupê Koup chega em agosto, o sedã Cadenza aparece em setembro, o Sportage desembarca em outubro junto com a motorização flex do Soul. E, para fechar o ano, em dezembro, será lançado o Cerato hatchback. Desta fila, o utilitário esportivo Sorento é o primeiro a chegar. O jipão passou por uma reformulação profunda e desembarca para disputar um mercado dominado por Chevrolet Captiva e Hyundai Santa Fé. O Sorento abandonou a arquitetura em chassi para adotar o monobloco. Além disso, seu design agora está alinhado ao restante da família Kia.
Apesar de apostar nesses novos atributos, a marca coreana tenta não abandonar seu principal atrativo: a longa lista de equipamentos de série a um preço competitivo. Portanto, a versão de entrada do Sorento já vem de fábrica com airbags frontais, ar-condiconado digital de duas zonas, sistema de som com entrada auxiliar para Apple iPod e USB, vidros, travas e retrovisores elétricos, e a lista continua. O preço desta configuração é de R$ 96.900. Não se pode dizer que é barato. No entanto, deve-se lembrar que o Sorento é um carro importado que paga 35% de imposto. Mesmo assim o utilitário esportivo chega com preço equivalente ao do Captiva Ecotec que, por ser fabricado no México, não paga taxas de importação em razão de um acordo comercial do Brasil com aquele país. Fazendo as contas dá para perceber que a Kia tem um preço agressivo, mas será que o produto tem qualidade? É isso que vamos conferir nesta avaliação do novo Kia Sorento.
Apesar de apostar nesses novos atributos, a marca coreana tenta não abandonar seu principal atrativo: a longa lista de equipamentos de série a um preço competitivo. Portanto, a versão de entrada do Sorento já vem de fábrica com airbags frontais, ar-condiconado digital de duas zonas, sistema de som com entrada auxiliar para Apple iPod e USB, vidros, travas e retrovisores elétricos, e a lista continua. O preço desta configuração é de R$ 96.900. Não se pode dizer que é barato. No entanto, deve-se lembrar que o Sorento é um carro importado que paga 35% de imposto. Mesmo assim o utilitário esportivo chega com preço equivalente ao do Captiva Ecotec que, por ser fabricado no México, não paga taxas de importação em razão de um acordo comercial do Brasil com aquele país. Fazendo as contas dá para perceber que a Kia tem um preço agressivo, mas será que o produto tem qualidade? É isso que vamos conferir nesta avaliação do novo Kia Sorento.
Desenho com poucas linhas.
A Kia criou uma identidade visual a partir da chegada de alemão Peter Schreyer, o designer tem no currículo uma passagem brilhante pela Audi, empresa em que foi responsável pela criação do TT. Hoje, a marca tem como uma de suas características a grade frontal com moldura cromada e elementos em colméia. Os faróis são espichados e invadem as laterais. O capô, por sua vez, tem saliências perto dos para-lamas que contrastam com um centro afundado. A silhueta e a lateral tem poucos elementos e privilegiam a fluidez. Já a traseira tem lanternas amplas com desenho sóbrio. O Sorento tem todos estes elementos e é um conjunto que agrada aos olhos. Mesmo usando poucas linhas, a Kia conseguiu um desenho forte sem apelar.
Vale destacar, na carroceria do Sorento, o acabamento em plástico preto fosco em toda a parte inferior. Isto serve como proteção contra pedregulhos e barro vindos de estradas precárias. No entanto, este recurso também serve para diminuir, pelo menos aos nossos olhos, a área de carroceria pintada. Assim, o Sorento não tem aquela aparência pesada quando visto de perfil. Os plásticos pretos trabalham em conjunto com a linha de cintura em forma de cunha, com a área envidraçada e o rack de teto, para dar mais leveza à sua aparência. E não se pode falar da lateral do Sorento sem destacar as rodas de liga leve de 18 polegadas e desenho atraente, e os espelhos retrovisores com piscas embutidos. Eles trazem tecnologia de leds, aqueles diodos luminosos.
Vale destacar, na carroceria do Sorento, o acabamento em plástico preto fosco em toda a parte inferior. Isto serve como proteção contra pedregulhos e barro vindos de estradas precárias. No entanto, este recurso também serve para diminuir, pelo menos aos nossos olhos, a área de carroceria pintada. Assim, o Sorento não tem aquela aparência pesada quando visto de perfil. Os plásticos pretos trabalham em conjunto com a linha de cintura em forma de cunha, com a área envidraçada e o rack de teto, para dar mais leveza à sua aparência. E não se pode falar da lateral do Sorento sem destacar as rodas de liga leve de 18 polegadas e desenho atraente, e os espelhos retrovisores com piscas embutidos. Eles trazem tecnologia de leds, aqueles diodos luminosos.
Acabamento melhorado
Já foi o tempo em que os carros coreanos eram sinônimo de desleixo e má qualidade no acabamento. Se você ainda acredita nisso, visite uma concessionária da Hyundai ou da Kia e passe algum tempo dentro dos carros. Claro que os coreanos ainda tem de correr um pouco mais para chegar aos alemães da Audi, BMW e Mercedes-Benz. No entanto, compare os carros com seus equivalentes nacionais ou importados do México ou da Argentina. A Kia parece que já sabe que não pode falhar no quesito acabamento interno. Afinal, é lá que as pessoas vão interagir com o carro e formular boas ou más opiniões sobre o veículo.
O Sorento tem como destaque a sobriedade. Nada de ideias mirabolantes só para ser diferente. O interior do utilitário tenta ser o mais amigável possível. Os plásticos tem boa textura e estão bem combinados com o resto da cabine. O desenho tem linhas sinuosas, mas nada agressivo aos mais conservadores. O console central abriga os controles de ar-condicionado e sistema de som. Há entrada para iPod e conexão USB convenientemente colocadas junto a uma área livre. Assim, o seu MP3 player ou iPod não fica “sambando” em cima do painel ou dentro do porta luvas.
O Sorento tem como destaque a sobriedade. Nada de ideias mirabolantes só para ser diferente. O interior do utilitário tenta ser o mais amigável possível. Os plásticos tem boa textura e estão bem combinados com o resto da cabine. O desenho tem linhas sinuosas, mas nada agressivo aos mais conservadores. O console central abriga os controles de ar-condicionado e sistema de som. Há entrada para iPod e conexão USB convenientemente colocadas junto a uma área livre. Assim, o seu MP3 player ou iPod não fica “sambando” em cima do painel ou dentro do porta luvas.
O painel de intrumentos é feito de três grandes túneis que abrigam os mostradores. A visualização é boa e a iluminação em branco e vermelho transmite uma ideia de sofisticação. O volante tem boa ergonomia, e possui controles para ajustar o sistema de som e o sistema automático de velocidade de cruzeiro. No entanto, somente há ajuste de altura. O Sorento falha ao não oferecer ajuste de profundidade para a direção. Os assentos de couro apresentam um bom acabamento. Já o console central tem porta-copos e porta objetos generoso. E onde está o freio de estacionamento? No novo Sorento ele passa a ser acionado com o pé esquerdo. Para quem vai no banco de trás há espaço sufeciente. Mas quem viaja na terceira fileira vai reclamar se ficar muito tempo por lá. Pelo menos o acesso até a última fileira é fácil, pois o sistema de rebatimento da segunda fileira não demanda força ou flexibilidade de artista de circo.
Jipão pacato
Avaliamos o novo Sorento em um trajeto de 100 quilômetros por rodovias do interior do Estado de São Paulo. A Kia não dispunha da versão com motor V6 de 3.5 litros para o test-drive. Portanto, foi possível apenas rodar a bordo do jipão equipado com bloco de quatro clindros em linha de 2.4 litros. Isso até veio a calhar, porque a Kia aposta que 70% dos Sorento vendidos contarão com esta motorização. A primeira impressão foi de que o utilitário filtra bem as imperfeições do solo. A cabine não foi invadida por vibrações ou ruído de rolagem dos pneus. Já na rodovia, foi possível perceber que este comportamento se repete sem prejuízos.
O motor de 174 cavalos de potência não inspira esportividade ou ímpeto de velocista. Esta caraceterística está reservada ao V6. Portanto, o desempenho do Sorento foi satisfatório. Em sexta marcha a 100 km/h, o tacômetro mostrava 2.100 rpm e a traquilidade imperava dentro do habitáculo. O volante se mostrou bem ajustado: leve em situações de baixa velocidade e firme em velocidades de cruzeiro. O Sorento só deixou a desejar no câmbio. As trocas são macias e não há sinais de tranco. No entanto, no modo de seleção manual das marchas, o modelo não apresenta opção de kickdown. Desta maneira, o motorista que estiver em ultrapassagem é obrigado a reduzir as marchas na alavanca no modo manual para ganhar mais força. Mas se a intenção for diminuir a velocidade o Sorento vai descendo as marchas com suavidade quando o freio é acionado. Só no modo Drive o modelo faz o kickdown.
Outra característica do câmbio de seis marchas do Sorento é o ‘buraco’ entre a quarta e quinta marchas. Em velocidade de 90 km/h ou 95 km/h, a quarta marcha berra a 4.500 rpm, enquanto a quinta, ela gira em 3.200 rpm. Fica a sensação de que a Kia preparou as quatro primeiras marchas para a cidade e a quinta e sexta para a rodovia. Portanto, quando precisar de mais força, o Sorento vai chiar em quarta marcha. Outra falha, mas agora no interior do carro, é o pedal de freio de estacionamento. É bom dar mais espaço no console central, no entanto, o pedal atrapalha e cutuca a canela quando o motorista apoia o pé esquerdo.
Outra característica do câmbio de seis marchas do Sorento é o ‘buraco’ entre a quarta e quinta marchas. Em velocidade de 90 km/h ou 95 km/h, a quarta marcha berra a 4.500 rpm, enquanto a quinta, ela gira em 3.200 rpm. Fica a sensação de que a Kia preparou as quatro primeiras marchas para a cidade e a quinta e sexta para a rodovia. Portanto, quando precisar de mais força, o Sorento vai chiar em quarta marcha. Outra falha, mas agora no interior do carro, é o pedal de freio de estacionamento. É bom dar mais espaço no console central, no entanto, o pedal atrapalha e cutuca a canela quando o motorista apoia o pé esquerdo.
Cardápio com cinco opções
O Kia Sorento será vendido em cinco configurações. Três com motorização 2.4 litros e duas com motor V6 de 3.5 litros. Mas não pense que o Sorento é um off-road que topa tudo, pois a tração integral não é de série e, mesmo assim, não há caixa reduzida. A única opção para se livrar do atoleiro é um uma distribuição de 50% de força para cada eixo. Por segurança, esse recurso só está disponível até a 35 km/h. No restante da condução a força é enviada 100% para a dianteira, salvo em caso de derrapagem. Nesse caso, o Sorento envia até 50% da força para cada eixo para colocar o modelo na linha.
Os opcionais, além da tração 4x4, são os 10 airbags, bancos de couro com cores claras, terceira fileira de assentos, chave com sistema keyless, soleira de porta em aço inox e iluminação vermelha, teto solar panorâmico, câmera de ré, com imagem no retrovisor interno, e controle de estabilidade. A previsão da Kia é de vender 4.200 unidades do Sorento até o fim de 2010. Para o ano todo, a filial brasileira já solicitou à matriz 45 mil veículos. No entanto, a Kia acredita que consegue vender 57 mil unidades no Brasil ainda neste ano. Se o SUV coreano mantiver um preço atraente, vai se tornar uma boa alternativa para quem procura um utilitário esportivo.